Cuspido e escarrado
Atualizado: 30 de Abr de 2020
Se existe um povo que cospe muito é o brasileiro.
Eu não sou muito viajado a ponto de saber se o vietnamita ou o neozelandês cospe mais. Mas, o brasileiro cospe.
E cospe de tudo quanto é jeito.
Desde aquela puxada que quase traz o pulmão junto.
Até aquela cuspidinha que faz um bico do lado da boca.
Mas o brasileiro exagera, porque às vezes vem acompanhado de uma ajeitada nas partes íntimas.
Ou então, o sujeito projeta o corpo pra frente num gesto olímpico.
Não seria o caso da prefeitura pensar num projeto de escarradeiras na cidade?
Sei lá, chama os Irmãos Campana e faz uma puta escarradeira com design arrojado.
Atentei-me a isso nessa época de Covid-19.
O especialista vai na TV e fala que o vírus fica no chão por sei lá quantos dias.
Meu Deus! Tamo ferrado.
A turma do esporte eu até entendo porque precisa eliminar as toxinas e tal.
Mas a turba ignara cuspindo e escarrando pelo chão vai nos transformar
num país submerso.
Uma Atlântida do cuspe.
Já ia me esquecendo daquela clássica que o sujeito tapa uma narina e a ostra é lançada como um míssil pela outra.
Mas aí não considero da categoria "cuspe".
Bom, isso é assunto para um próximo texto.