Esse Bolsonaro está transformando o Brasil numa Venezuela.
Atualizado: 17 de Mai de 2020
Outro dia fiz aqui um exercício de estatística para chegar a uma estimativa de quantos casos reais de contaminação por corona poderiam existir no Brasil. Ao invés dos cento e poucos mil daquele dia, minhas contas chegaram a dois milhões e meio de casos.
No próprio post eu disse que não dava para levar muito a sério minhas contas.
Aí veio a USP e fez um estudo que estimou que temos hoje 1.500.000 de contaminados, o que nos coloca na liderança mundial.
Mas vamos ficar com os números oficiais.
Hoje, mais no final do dia, ultrapassaremos a Itália em número de casos.
E todos os especialistas garantem que nem chegamos no pico ainda.
Enquanto isso, Bolsonaro insiste na cloroquina e em pressionar pelo fim do isolamento.
Seu discurso é sempre:
— A pessoa está morrendo... melhor que tente com a cloroquina.
É uma frase que poderia parecer razoável. Mas isso porque o presidente ignora os efeitos colaterais da cloroquina que podem matar um sujeito que não morreria de covid.
Insiste no isolamento vertical, que não deu certo em lugar nenhum do mundo e baseia-se na ideia de isolar apenas grupos de risco numa doença que claramente já demonstrou que é letal para todos, não apenas aos do grupo de risco.
O paspalho pretende colocar um militar na Saúde.
Vale deixar claro o que isso significa:
Bolsonaro está colocando um militar na pasta da Saúde, durante a pandemia, para impor ditatorialmente a sua verdade sobre a covid19.
Sua não-ciência.
Um ditadorzinho, mimado, que não aceitou a opinião dos médicos civis.
Um ato típico de um sujeito que não preza a democracia.
Quem diria.
O presidente que vendeu a ideia de que ao votar nele não “viraríamos uma Venezuela” está, ele sim, cuidando dessa transformação.
Até quando ele vai fazer o que bem entende?