O novo Cinema Novo do presidente.
Nunca na história desse país, um presidente incentivou tanto o Cinema quanto o presidente Bolsonaro.
É um jeito diferente de incentivar, mas é um jeito.
E não é com verbinha aqui e ali, não.
Verbas subsidiadas? Pra quê?
Cinemateca? Pra quê?
Nosso presidente faz um trabalho de base.
É Cinema raiz.
Vejam só.
No ano passado, incentivou alunos a filmar professores em sala de aula.
Depois, pediu que a reunião de 22 de abril fosse filmada.
Na semana passada, estimulou as pessoas a invadir hospitais e filmar tudo.
Nesse ritmo, em duas décadas, teremos uma escola Glauberiana de Cinema em cada pequena cidade do Brasil.
Uma arma na mão e uma ideia na cabeça.
Ou melhor, uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.
Tudo muito bem pensado, com olhos no futuro.
Vale lembrar que a obsessão do presidente pelo Cinema não é de hoje.
Há muitos anos tenta incentivar os filhos a gostar da Sétima Arte.
Para o zeroum, apresentou Truffaut. Ele achou que era chocolate e abriu uma franquia da Kopenhagen.
Para o zerodois, apresentou Herzog. Ele pensou se tratar de uma marca de metralhadora e encomendou duas da Alemanha, que ainda não chegaram.
Para o zerotres, mostrou Fellini. O menino até se empolgou, mas pediu pro pai que fosse à Bolonhesa.
Mas ele não desanimou e não vai desanimar.
Vamos aguardar mais uma sacada genial do nosso presidente.
Sei lá, invadir creches, asilos, padarias, lavanderias.
O importante é filmar.
