Objeto trepidante.
- Boa noite, amor.
- Boa noite... você apaga o abajur?
- Sim...
- E tira o celular da cama.
- Mas o celular não tá na cama, tá no criado-mudo.
- Amor, não se fala mais criado-mudo. É politicamente incorreto...
- Ah é... tá bom... meu celular está no compartimento lateral de apoio que contém gavetas.
- É melhorou... mas o celular continua na cama.
- Não, meu colibri, o celular está na gaveta daquele lugar que eu não lembro mais como eu chamei.
- Mas, então... o que é que tá vibrando?
- Vibrando?
- É... tem alguma coisa vibrando.
- Peraí... aqui debaixo do lençol?
- É... acende o abajur.
- Achei! Um vibrador? É seu?
- Amor, não se fala mais vibrador. É politicamente incorreto.
É objeto trepidante de prazer individual.
- Ah tá... mas é seu?
- Na verdade, ele é nosso.
- Nosso?
- Ele tem contribuído consideravelmente para o nosso relacionamento.
- Huumm... entendi.
- Boa noite, amor.
- Boa noite.
- Desliga o abajur.