Todo mundo tem uma tese. Qual é a sua?
Jornalista esportivo, por exemplo, não tem opinião sobre o esquema tático. Tem tese.
E as teses espalham-se com facilidade defendidas até com misticismo.
Algumas alimentam-se da política. O envenenamento de Jango. A falha no virabrequim do carro de Juscelino. As fraudes nas urnas eletrônicas. As forças ocultas de Jânio. A facada em Bolsonaro. A goiaba de Damares.
Na moda também as teses alimentares, bandeiras de foodies extasiados diante de um alface orgânico.
Como proposição intelectual, a tese é o xodó do mundo acadêmico. Dizer que Fulano defendeu tese é elevá-lo aos píncaros da glória.. Fernando Haddad, como aluno visitante da McGill University de Montreal, Canadá, defendeu a tese de mestrado “Caráter Sócio-Econômico do Sistema Soviético”, o que talvez explique sua fixação pelas ciclofaixa.
Diz-se em dialética que a combinação de uma tese com uma antítese produz uma síntese.
E a minha síntese é que na prática nenhuma tese pode ser comprovada. É uma boa teoria.